*Informe Saúde

Em cada pessoa o coronavírus se comporta de um jeito e ninguém quer vacilar para saber como o corpo reagirá, certo? Fato é que muitas pessoas enfrentam sequelas nada agradáveis após “se curarem” da covid-19. Várias dessas sequelas exigem acompanhamento médico por um período de tempo que ninguém sabe precisar.

É como se um caminhão carregado de óleo passasse pela estrada e deixasse rastro no asfalto. É difícil limpar? É! E pode dar trabalho até tudo ficar limpinho como antes. Os médicos chamam essa fase de “Covid longa”, “covid persistente”, “covid-19 pós-aguda” ou a “síndrome pós-covid”. Os problemas de saúde dessa fase se manifestam a partir da quarta semanas após a infecção. Se vão durar semanas ou meses, só o tempo dirá.

Na China, os pesquisadores estudaram isso bem afundo. Eles convocaram 1.733 pessoas que tiveram a doença e descobriram o seguinte:

  • A maioria (76%) relatou pelo menos um sintoma nesse período posterior à fase aguda da covid-19.
  • O problemas mais relatados foram cansaço e fraqueza muscular (63%);
  • 26% das pessoas tiveram dificuldades para dormir;
  • 23 % tiveram ansiedade e depressão.

E não parou aí, não, viu? Ainda foram relatadas sequelas no pulmão e no coração. Então, aquelas pessoas que foram mais afetadas pela covid-19, que precisaram ficar internadas, terão que fazer um acompanhamento mais sério! Alguns médicos vão pedir exames de rotina, como os de sangue, por exemplo. A ideia é checar se está tudo bem com os indicadores do rim, fígado e se a coagulação está normal, por exemplo.

Não vai achando que você que teve sintomas leves estará livre da necessidade de acompanhamento médico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) já disse em uma publicação que independentemente da gravidade, qualquer pessoa que teve covid-19 pode apresentar sintomas posteriores que necessitam de acompanhamento. E alguns desses sintomas podem não ser tão aparentes, como alterações cognitivas (leia-se aí problemas de memória, por exemplo) que também vão exigir atenção.

A OMS ainda lembra das consequências graves que exigem atendimento emergencial, como embolia pulmonar, problemas do coração, acidente vascular cerebral (AVC) e convulsões. Esses são apenas alguns dos sintomas persistentes. Isso porque não falamos da perda de olfato e paladar que é bem comum e pode demorar meses para voltar à normalidade. Por falar nesse sintoma bem desagradável, sabia que existem exercícios para recuperar a capacidade de sentir cheiros? É como se fosse uma fisioterapia. Veja aqui neste link.

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