:: 22/maio/2018 . 17:27

Fotos: Van nascimento

Caminhoneiros autônomos de todo o país iniciaram na manhã desta segunda-feira, 21, uma greve nacional motivada pelo aumento nos tributos e, principalmente no preço do óleo diesel e combustível em geral.

Na cidade de Poções/BA, onde passa a BR-116, não podia ser diferente. Caminhoneiros Poçoense adere a greve Nacional, com acampamento às margens da Rodovia na zona urbana da cidade, mais precisamente no bairro Poçoezinho.

Em contato com a nossa reportagem, eles disseram que a paralisação vai continuar até ver um resultado positivo por parte do governo federal. Um dos caminhoneiro falou a nossa reportagem, como também um apoiador do movimento, Salomão Morete.

Ainda segundo os manifestantes, o movimento ganha força a cada dia e tomará outras proporções como bloqueio da Rodovia. Segundo relatos, algumas regiões do Brasil já está faltando mercadorias nos centros de abastecimentos e combustível nos postos.

Ouça a Entrevista: 

Caio Cunha arquitetou um plano para matar o amigo Jadson Neves (de preto) e se livrar de uma dívida de R$ 6 mil Imagem: Redes sociais

Mais um capítulo da trama macabra que resultou na morte do servidor público Jadson Neves, assassinado com 12 tiros de pistola, foi revelado à polícia, que tem no também empresário, Caio Souza Cunha, 20 anos, principal executor do crime. O crime ocorreu na manhã da última sexta-feira (18), em Poções.

De acordo com fontes extraoficiais, o acusado teria “herdado” do falecido pai uma dívida de R$ 6 mil a ser paga a Jadson, referente à venda de uma camionete Chevrolet S-10. O pai de Caio, que morreu em 2017, deixou ainda os negócios de uma funerária ao filho, mas a dívida com Jadson ficou em aberto. Jadson e Caio eram amigos há alguns anos.

Para que o veículo fosse legalmente passado a Caio, a dívida referente ao financiamento da camionete teria de ser quitada, condição imposta por Jadson a fim de liberar a transferência. Com a morte do pai de Caio a quitação não aconteceu. Ainda segundo informações, Jadson passou a negociar a dívida com Caio herdeiro da funerária.

Arma usada no crime.

Caio Souza Cunha, autor confesso do homicídio, tramou um plano cruel para se livrar da negociação com Jadson e ainda ficar em definitivo com o carro. Na manhã de sexta-feira (18), ele atraiu Jadson para um encontro em uma estrada vicinal na zona rural do município, próximo à BR-116.

Disse que estaria com os R$6 mil, prometendo quitar o valor devido, Jadson, por se tratar de um telefonema de um amigo, foi até o local. Mas na verdade tratava-se de uma armadilha. Jadson foi executado com 12 tiros, inclusive na cabeça. O assassino confesso foi preso e, para evitar ser linchado pela população, transferido para Vitória da Conquista, onde segue à disposição da Justiça.

Caio foi surpreendido em sua residência, no bairro Indaiá, na manhã da última segunda-feira (21), por uma guarnição da Rondesp Sudoeste, com apoio da 79ª CIPM de Poções e Polícia Civil.

Caio foi surpreendido em sua residência, na manhã de segunda-feira.

A família da vítima ainda foi procurada por Caio Cunha para que fossem prestados serviços funerários ao corpo de Jadson, fazendo a doação do caixão. Sem demonstrar remorso, ele ainda teria chorado no velório e consolado amigos e familiares, dentre eles o padre Valmir Neves, tio da vítima.

Caio Souza Cunha (à direita na foto), apontou como comparsa Alex Venâncio Sampaio (à esq.), funcionário da funerária.

Caio ordenou que não fosse aplicado formol ao corpo, em estado de decomposição, justamente para se livrar mais rápido da sua vítima. Ele também foi ao sepultamento de Jadson. Após o crime, Caio viajou até o município de Boa Nova e escondeu a arma na casa de seu funcionário Alex Venâncio Sampaio, cúmplice, réu confesso e também preso na operação desta segunda-feira. Um terceiro suspeito de nome não revelado pela justiça foi conduzido pela Polícia, o caso ainda segue sob investigação.

*Fonte: Levantamento feito pelo Site TV Sudoeste Digital