Um novo levantamento da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (Afip) mostrou um crescimento na detecção de microrganismos resistentes a antibióticos em hospitais do Brasil. Entre as 71.064 amostras coletadas em 2023, 6,5% testaram positivo para essas superbactérias, um aumento em relação aos 6% registrados em 2022. A pesquisa, apresentada na Associação para Diagnósticos e Medicina Laboratorial (ADLM) em Chicago, também revelou mudanças na prevalência de tipos de bactérias resistentes, com um aumento significativo do gênero *Acinetobacter*.

Jussimara Monteiro, gerente do Núcleo de Apoio ao Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Afip, sugere que o uso indiscriminado de antibióticos durante a pandemia pode ter contribuído para essa mudança. Ela explica que os resultados do estudo indicam a presença de microrganismos resistentes nos pacientes, mas não necessariamente infecções ativas. O mapeamento é crucial para ajustar as práticas de controle e prevenir a evolução da colonização para infecções graves. A OMS também destacou a situação global de superbactérias, embora o Brasil não tenha sido listado como afetado pela *Klebsiella pneumoniae* hipervirulenta.

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