Com informações Ministério da Saúde

Faltando dois meses para o verão, o avanço da dengue em todo o país acendeu o alerta do governo federal e das secretarias de Saúde. Os registros da doença cresceram 186% em relação a 2021, segundo o Ministério da Saúde. Para tentar conter a alta, autoridades lançaram uma campanha para reforçar as medidas de prevenção. A psicóloga Flávia Mansur foi uma das mais de 340 mil pessoas que pegaram dengue no estado de São Paulo esse ano. Ela foi infectada em abril quando morava em São Carlos. Ela conta que, depois do susto, intensificou as medidas de proteção contra o Aedes aegypti.

A dois meses do verão, o Brasil vive um aumento de quase 200% nos casos de dengue. O último boletim do Ministério da Saúde aponta que, até 8 de outubro, o país somou 638 casos por 100 mil habitantes. No mesmo período de 2021, a taxa era, em média, de 224 infecções a cada 100 mil pessoas. O estado com mais casos é São Paulo, onde 229 pessoas morreram, até o início do mês. Em 2021, foram 71 mortes. O assessor técnico de coordenação da Secretaria Estadual de Saúde, Dalton Fonseca Junior, destacou que a região de Araraquara e o Noroeste são as áreas que mais preocupam. Goiás aparece em segundo lugar, com mais de 169 mil diagnósticos de dengue. No mesmo período do ano passado, eram cerca de 43 mil e 700. O autônomo Allan Junior mora em Goiânia e desconfia que o foco do mosquito possa estar na vizinhança.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, afirmou que o estado orienta os municípios a executarem ações que evitem a reprodução do mosquito. No Rio de Janeiro, a preocupação é com a volta do vírus tipo 2. Em 2008, foi ele quem causou a maior epidemia da doença no estado, como explica o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe. Em todo o território fluminense, já são mais de 10 mil e 400 registros de dengue esse ano. Isso é mais que o triplo de casos de 2021 inteiro.

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