Blog Panorama Geral / Fonte: A tarde

Após o cientista e coordenador do comitê científico do Consórcio Nordeste, Miguel Nicolelis, defender um lockdown imediato no país, o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, discordou da posição do grupo. Aliado do governador Rui Costa (PT), que presidiu o Consórcio até 2019, Vilas-Boas afirmou não ver um “ambiente para lockdown” no país, tal como vem sendo adotado em alguns países da Europa.

“Um lockdown, nesses termos, em todo Brasil, no meu ponto de vista, iria expor a fragilidade nossa de ser capaz de manter essa determinação. Não existe ambiente para que se faça isso no Brasil. Nós não temos capacidade de implementar essas medidas como foi feito em alguns países na Europa”, disse em entrevista ao Jornal da Manhã, da Rede Bahia, nesta quinta-feira, 7.

De acordo com o secretário, isso não exclui uma possível adesão a medida caso a capacidade hospitalar do Estado cresça e não dê conta da demanda necessária para combater o coronavirus.

“Medidas mais rigorosas poderão ser necessárias caso a gente chegue a constatação de que não há mais vagas de UTI, aí a gente pode sentar e discutir medidas de exceção. Mas nesse momento, particularmente aqui no nosso Estado, em que estamos conseguindo manter a taxa de internação de UTI com uma relativa folga de mais de 20%, eu acho desnecessário impor mais esse sofrimento à população que já está cansada, fadigada desses quase um ano já de pandemia”, avaliou.

O último boletim da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) apontou 9.304 mortes causadas pela Covid-19 no estado desde o início da pandemia com 502.938 casos confirmados.

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